A exatos três meses para o fim do ano, é hora de organizar a casa e planejar as contas para iniciar 2017 sem sustos no orçamento. Nesse sentido, o planejamento financeiro é a melhor estratégia, principalmente, para empresas de micro e pequeno porte, que geralmente têm menos margem para possíveis erros.
Silvio Soledade, sócio diretor da consultoria PlanoGestão, explica que o planejamento orçamentário deve servir como guia e não deve engessar a operação, mas auxiliar o empresário a avaliar o negócio como um todo.
1.Analise os resultados das vendas de 2016 e as projete mês a mês para 2017, levando em consideração expectativa de crescimento de acordo com o cenário de sua atividade. Lembre-se sempre que muitas das despesas operacionais como energia elétrica, por exemplo, sofrerão ajustes no próximo ano. Então, é fundamental que suas vendas tenham algum índice de crescimento e não de estagnação.
2.Tenha disciplina e acompanhe o orçamento mensalmente, comparando os valores executados com o que foi planejado, para que possíveis correções de rotas sejam efetuadas preventivamente.
3.Revise e reavalie sempre seu orçamento. A gestão da empresa é dinâmica e exige do empreendedor capacidade de interpretação e rapidez na tomada de decisões.
4.Tenha uma contabilidade consistente. Solicite ao seu contador o DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício) mensalmente, para que você possa acompanhar os números de perto e, assim, comparar com o que havia sido planejado.
5.Compartilhe com a equipe as metas estabelecidas e discuta as correções necessárias. Informação gera engajamento, que será necessário se sua empresa tiver que adotar uma política de redução de custos no decorrer dos meses.
6.Separe corretamente as despesas, principalmente as pessoais que, quando pagas pela empresa, contaminam dados e dificultam uma análise mais consistente. Procure identificar os gastos por grupos, por exemplo: despesas administrativas podem incluir energia elétrica, segurança, telefone, internet, material de escritório etc. Já as despesas de locação incluem aluguel, IPTU, condomínio, etc.
7.Considere para efeito de orçamento o valor correto do seu Pro Labore, mesmo que este seja pago por meio de dividendos e antecipações.
8.Projete investimentos, tais como: compras de equipamentos, treinamentos, e adequações nas instalações para não ter surpresas com gastos imprevistos.